Experiências Espirituais e Prática Clínica: O que profissionais da saúde devem saber?: Reflexões e bases conceituais: início de conversa

Imagine que você está em um debate sobre espiritualidade e saúde mental com duas pessoas, em que uma fala pela perspectiva médica, e a outra, pela religiosa. Os diferentes pontos de vista serão enriquecedores, no entanto pode ocorrer de não estarem partindo da mesma premissa ao abordar o termo saúde mental. Assim, deve haver uma concordância básica no sentido conceitual e teórico para possibilitar um debate proveitoso. Tratando-se de experiências espirituais e prática clínica, esse início de conversa é muito importante para que seja possível falar a mesma linguagem.

Para isso, o primeiro volume desta coleção apresenta, em seu capítulo inicial, o entendimento de experiências espirituais do ponto de vista da Psicologia Anomalística, área que vem crescendo no país e aborda os chamados fenômenos anômalos ou incomuns. São experiências que, embora não possuam explicações científicas conclusivas, são relatadas por uma parcela significativa da população e marcam profundamente seus experienciadores.

O segundo capítulo mostra as relações entre saúde mental e ateísmo pelo entendimento da psicologia. O terceiro capítulo trata das experiências místicas e a noção de identidade em relação às discussões filosóficas e ontológicas sobre o assunto. O quarto capítulo apresenta um mapa das teorias sobre meditação e diferenciação entre mindfulness nos contextos religioso e secular. Já o quinto capítulo encerra o volume 1 da coletânea apresentando, em uma redação mais livre e inspiradora, a relação entre os conceitos de resiliência e espiritualidade através de uma “conversa” existencial.

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